IR 2010: pronto para a prestação de contas com o Leão?

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SÃO PAULO – Começa em um mês a temporada de entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física. Tradicional obrigação dos contribuintes brasileiros no início de cada ano, a entrega do IR 2010 deve acontecer entre os dias 1º de março e 30 de abril.

Que tal aproveitar esse mês para organizar papeladas e documentos e garantir a entrega logo no início da temporada? Além de evitar congestionamento de sistema com a proximidade do fim do prazo, entregar com antecedência e tranquilidade ajuda a evitar erros e permite o recebimento mais rápido da restituição – aos contribuintes que têm esse direito -, já que a Receita Federal analisa os documentos por ordem de entrega, respeitando o Estatuto do Idoso, que prioriza maiores de 60 anos, e a forma de envio do documento.

Separe os documentos

O programa de declaração do IR 2010 deve ser disponibilizado pela Receita, no site oficial do órgão (www.receita.fazenda.gov.br), no primeiro dia de entrega da declaração.

Enquanto o programa não está no ar, comece juntando seus documentos. Os principais são: comprovante de rendimentos (que devem ser entregues ao contribuinte pelos empregadores, instituições financeiras, previdência social etc. até o dia 26 de fevereiro);

Comprovantes de despesas do Livro Caixa (para prestadores de serviços autônomos);

Recibos e notas fiscais relativos a serviços médicos, dentistas, fisioterapeutas, dentre outros da área da saúde;

Comprovantes de pagamento à instituições de ensino regular;comprovantes de pagamentos à previdência privada e oficial;

Comprovantes de doações para fins de incentivos fiscais (Fundos da Criança e do Adolescente, Lei Rouanet, Audiovisuais, dentre outros).

IR 2010

Este ano, entre os contribuintes que devem declarar estão aqueles que, ao longo de 2009:

Receberam rendimentos brutos tributáveis superiores a R$ 17.215,08 ou rendimentos não-tributáveis, tributados exclusivamente na fonte e isentos acima de R$ 40 mil;

Participaram do quadro societário de empresa, inclusive inativa, como titular, sócio ou acionista, ou de cooperativa, ou como titular de empresa individual;

Realizaram, em qualquer mês-calendário, venda de bens ou direitos na qual foi apurado ganho de capital sujeito à incidência de imposto;

Realizaram negócios em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

Tiveram posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 80 mil;

Passaram à condição de residente no Brasil e nessa condição se encontravam em 31 de dezembro.

Lojistas estimam queda de até 15% nas vendas com fim do IPI reduzido

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O término da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca pode provocar uma queda de até 15% nas vendas do comércio no primeiro trimestre de 2010.

A estimativa foi feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que considera que o fim dos estímulos veio em um momento "inoportuno".

Os incentivos fiscais para os eletrodomésticos serão retirados no dia 31 de janeiro, segundo informou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Já a redução do IPI para compra de veículos vale até o dia 31 de março. Desde o primeiro anúncio, no final de 2008, as medidas de estímulo ao consumo foram renovadas várias vezes.

O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, enviou um documento ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) em que pede que seja mantida a redução do IPI por pelo menos mais 60 dias.

"Temos grandes esperanças de que nossa reivindicação seja acolhida porque só vai resguardar a economia doméstica. E quem ganha com isso é o consumidor", alega.

Pellizzaro avalia que este é o pior momento para a retirada dos incentivos fiscais porque o comércio ainda conta estoques alto. Segundo ele, as vendas começam a crescer de forma mais consiste só a partir de março.

"O consumidor está voltando de férias e preocupado em pagar os gastos de fim de ano e as contas de material escolar, impostos e taxas".

Os impactos do novo salário mínimo na economia regional

Postado em Itabuna

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Apesar de comemorado em setores como a indústria e comércio, o novo mínimo deverá gerar mais dor de cabeça para as cidades de menor porte, que dependem do repasse do FPM

Em vigor desde o último dia 1º de janeiro, o novo salário mínimo no Brasil já está sendo onsiderado o maior aumento real nos últimos quatro anos, devendo apresentar um forte impacto na economia. O aumento do consumo e o aquecimento da economia como finalidade deverão ser alcançados muito em breve com a estratégia de aumento do mínimo acima das perdas representadas pela inflação de 2009.

Apesar de comemorado em setores como a indústria, o comércio e os serviços, o novo mínimo deverá gerar ainda mais dor de cabeça para as cidades de menor porte, que dependem diretamente do repasse do FPM. Na região Sul da Bahia, contabilistas, dirigentes lojistas e gestores municipais avaliam os impactos do novo salário mínimo sobre a economia regional.

O novo salário mínimo de 2010 será de R$ 510,00, representando um aumento total de 9,68% sobre o valor anterior, acarretando um aditivo real de 5,87%, já descontada a inflação. “A atual política de reajuste do mínimo provoca aumento real do poder aquisitivo da população, o que deverá gerar mais consumo e maior retorno para a própria atividade comercial”, declarou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabuna e secretário Municipal de Indústria e Comércio, Carlos Leahy.

Ainda na economia local oriunda do setor privado, o contabilista e advogado, e ouvidor do Conselho de Contabilistas da Bahia, Erivaldo Benevides, explica que para as médias e grandes empresas, a maior parte dos funcionários estão integrados em categorias trabalhistas que possuem dissídio e piso salarial específicos, não impactando, portanto, sobre o aumento do mínimo. “É o caso da indústria calçadista, têxtil, de produção de alimentos, comerciantes, gráficos: com piso salarial próprio, o impacto do reajuste do mínimo somente deverá ocorrer quando ocorrerem as campanhas salariais das categorias específicas”, declarou Erivaldo.

A estratégia do Governo de injetar “dinheiro novo” na economia, a partir do acréscimo de R$45,00 no salário mínimo, com um aditivo real de R$27,30 provoca boas expectativas também no setor público relativo a cidades de médico e grande porte. Não dependentes diretas dos repasses da União e do Estado, municípios como Itabuna contabilizarão o incremento em toda economia local, a exemplo do aumento dos impostos pagos e dos tributos gerados com o aquecimento de setores como comércio e serviços.

“A mesma visão que tenho como lojista, designo para o município, quando o aquecimento da economia nacional possibilitará o cumprimento de nosso objetivo que é atrair mais indústrias e fontes de geração de emprego e renda para a cidade”, declarou o secretário de Indústria e Comércio de Itabuna, Carlos Leahy.

Desvantagens

No setor privado, para o advogado e contabilista Erivaldo Benevides, o maior impacto negativo gerado a partir do aumento do salário mínimo ficará para uma das categorias historicamente penalizadas pela legislação trabalhista nacional: as empregadas domésticas. A falta de regulamentação da profissão e da obrigatoriedade de pagamento do INSS deverá gerar um afastamento ainda maior deste antigo sonho da categoria. “Como a dona de casa terá condições de quitar o salário mínimo mensal e ainda 20% de INSS para esta funcionária, sem ter para onde repassar e de onde recolher este aumento real nas despesas?”, questionou o contabilista.

Outro setor que acumula desvantagens na nova composição do mínimo são as Prefeituras de pequeno porte, que dependem diretamente do repasse de verbas do Governo Federal e Estadual. Após a crise verificada em 2009, quando o repasse caiu drasticamente, a previsão para 2010 segue a tendência do ano anterior, o que contradiz com o aumento das despesas no município. “A situação é terrível”, declarou o presidente da Associação dos Municípios do Sul, Sudoeste e Extremo Sul da Bahia, Moacyr Leite.

Perspectivas

Tendo como única alternativa para a sobrevivência das cidades de pequeno porte o aumento do repasse dos recursos destinados aos diferentes setores do serviço público municipal, algumas válvulas de escapes já estão sendo providenciadas. Um dos exemplos é a necessidade de flexibilização do limite prudencial para gastos com despesas correntes líquidas com departamento pessoal nas Prefeituras, estipulado hoje no máximo em 54%. “Se os recursos repassados não aumentarem, mesmo que a Prefeitura mantenha o mesmo quadro de servidores, já estaria ultrapassando o limite permitido por Lei. Por conta da crise, em 2009, até o próprio Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia ultrapassou o limite prudencial praticado”, declarou Moacyr.

Ainda de acordo com o presidente da Amurc, na região, diversas Prefeituras entraram janeiro com despesas do mês de dezembro, a exemplo da grande quantidade de municípios que não tiveram condições de quitar o 13º salário dos servidores. “Sem o aumento dos salários, muitas Prefeituras já entraram o ano de 2010 com saldo negativo, o que deverá aumentar ainda mais, pois, além do salário, tem o repasse do INSS sobre a folha”, desabafou Moacyr.

Uma das medidas imediatas foi a convocação pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) de uma reunião com as Associações estaduais e regionais de municípios para estipular uma ação estratégica de emergência. “Estaremos em Brasília já na terça ou quarta-feira para discutirmos este problema, já que o aumento foi relevante e não existe expectativa imediata de aumento do repasse de verbas”, finalizou Moacyr.

Histórico do mínimo*

O salário mínimo surgiu no Brasil em meados da década de 30. A Lei nº 185 de janeiro de 1936 e o Decreto-Lei nº 399 de abril de 1938 regulamentaram a instituição do salário mínimo, e o Decreto-Lei nº 2162 de 1º de maio de 1940 fixou os valores do salário mínimo, que passaram a vigorar a partir do mesmo ano. Em dezembro de 1951, o presidente Getúlio Vargas assinou um Decreto-Lei reajustando os valores do salário mínimo, dando início a um período em que reajustes mais frequentes garantiram a manutenção, e até alguma elevação, do poder de compra do salário mínimo

A partir de 1962, com a aceleração da inflação, o salário mínimo voltou a perder seu poder de compra, apesar dos outros dois reajustes durante o Governo de Goulart. Após o golpe militar, modificou-se a política de reajustes do salário mínimo, abandonando-se a prática de recompor o valor real do salário no último reajuste. Passou-se a adotar uma política que visava manter o salário médio, e aumentos reais só deveriam ocorrer quando houvesse ganho de produtividade.

De 1975 a 1982, os reajustes do salário mínimo elevaram gradualmente seu poder de compra, com um ganho real da ordem de 30%. A partir de 1983, as diversas políticas salariais associadas aos planos econômicos de estabilização e, principalmente, ao crescimento da inflação levaram a significativas perdas no poder de compra do salário mínimo.

Já com a estabilização após o Plano Real, o salário mínimo teve ganhos reais ainda maiores, totalizando 28,3% entre 1994 e 1999. A atual política de valorização do salário mínimo para aquecer a economia nacional têm sido praticada com frequência. Na outra ponta, o aumento do salário mínimo provocará um efeito dominó de negociações sindicais por todo o Brasil, antecipando projeções de aumento de salário, ampliando o dinheiro em circulação e também os impactos da folha de pagamento sobre o fluxo de caixa operacional das empresas.

Comércio eletrônico não tem crise financeira

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Retrospectiva do setor revela crescimento ainda maior nas vendas, fruto de investimentos, gerenciamento de riscos, especialização em segmentos específicos e até mesmo redução do IPI. Informática e eletrodomésticos entre os mais vendidos.

Se a situação financeira mundial preocupava diversos setores da economia desde o final de 2008, o mesmo também ocorria com o comércio eletrônico. Esta apreensão foi, porém, bastante amenizada com a ajuda do governo brasileiro, quando anunciou, por exemplo, redução de IPI para eletrodomésticos, fomentando as vendas.

Somente em compras realizadas pela internet, foram movimentados R$ 4,8 bilhões neste primeiro semestre, um aumento de 27% em relação ao mesmo período de 2008, de acordo com a 20ª edição do Webshoppers.

Outros fatores que motivaram este bom momento para o e-commerce foram a maior confiança e satisfação do consumidor com os serviços oferecidos pelas lojas virtuais. Atualmente, mais de 15 milhões de pessoas já tiveram pelo menos uma experiência de compra pela internet. Em um mercado tão dinâmico e competitivo como este, as pessoas buscam e optam pelas melhores ofertas, condições de pagamento e nível de serviço.

Um ponto nesta movimentação que contribui para a crescente audiência é a inovação dos buscadores e comparadores de preço, que de maneira democrática alinham as ofertas de grandes e pequenos, possibilitando que o consumidor tome sempre a melhor decisão de compra.

Os internautas estão cada vez mais informados e orientados a fazerem uma compra com segurança. A implementação de novas ferramentas gerenciadoras de pagamentos online e de prevenção à fraude trouxeram uma segurança extra, tanto para clientes quanto lojistas, potencializando as oportunidades para lojas de pequeno e médio porte.

Este gerenciamento de risco em transações de compra não-presenciais, aliado à especialização de pequenas e médias empresas em um segmento específico, dividiu o foco dos consumidores mostrando uma tendência de descentralização no setor.

Segundo o levantamento da e-bit, as dez maiores empresas do varejo eletrônico perderam uma fatia de 2,3 pontos percentuais no mercado, enquanto o chamado ?long tail?, que engloba as pequenas e médias, ganhou 1,6 ponto percentual em participação no comparativo do 1° semestre de 2009 em relação ao 1° semestre do ano passado.

Outra boa surpresa foi o tíquete médio elevado, cerca de R$ 323 na primeira metade deste ano, consequência da preferência dos consumidores por produtos de maior valor agregado, como Informática e Eletrodomésticos, terceira e quarta categorias mais vendidas na web.

A expectativa agora fica por conta do segundo semestre de 2009, que geralmente representa 55% do faturamento anual do canal. O período deve trazer números expressivos, já que temos ainda pela frente o Natal, datas que aquecem muito o comércio em geral.

Esperamos fechar o ano com boas notícias e a estimativa é a de que no período entre julho e dezembro, as lojas virtuais atinjam R$ 5,8 bi em vendas de produtos (excluindo passagens aéreas, automóveis e leilão virtual).

Se os lojistas derem continuidade ao investimento em novas ferramentas para atrair a atenção dos consumidores e conquistar ainda mais a confiança destes, devemos chegar ao final de 2009 com mais de 17 milhões de pessoas com pelo menos uma experiência de compra a internet.