Governo define mínimo de R$ 510

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O governo federal fixou em R$ 510 o novo valor do salário mínimo, que passa a vigorar em janeiro de 2010. A decisão será tomada hoje em reunião do presidente Lula com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informa a reportagem de Valdo Cruz e Fernando Rodrigues na Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, poderá haver mudanças, mas a tendência é Lula optar por esse valor e não o de R$ 507, calculado com base nas novas regras de aumento do salário mínimo e incluído no projeto de Orçamento para 2010 em votação no Congresso.

O mínimo atual é de R$ 465. O novo valor, que será adotado por medida provisória, equivale a reajuste nominal de 9,68%. Há, portanto, concessão de aumento real, estimado em 6%.

O texto da MP vai tratar também do reajuste das aposentadorias acima do mínimo, que devem ter alta real de 2,5%, e incluir a regra de reajuste do salário mínimo até 2013, com base na inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

Se o valor ficar em R$ 510, o impacto nas contas da Previdência será de R$ 4,6 bilhões. Cada real de aumento representa R$ 200 milhões a mais nas despesas previdenciárias.

Fonte: Folha Online

Ações para Rentabilizar o Varejo

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Por que algumas empresas do varejo conseguem ganhar dinheiro enquanto outras estão empatando ou perdendo?

Como sócia de uma empresa de consultoria especializada em desenvolver estratégias de crescimento para o varejo, busquei compreender os motivos para que isso aconteça. Eis aqui algumas das respostas por mim encontradas, apenas a título de contribuição, sem a mínima pretensão em dar a palavra final ou de esgotar esse tema tão complexo:

1 - São especialistas no que fazem e nutrem um profundo respeito pelos clientes.

2 - Souberam definir claramente o seu posicionamento, sabem quem são os seus clientes e o que eles precisam. Em muitos casos até mesmo melhor do que esses.

3 - Atendem a demanda de nichos de mercado onde a concorrência é menor.

4 - Promovem sistematicamente ações para aumentar as vendas e os lucros.

5 – Focam mais no seu público-alvo do que nos seus concorrentes.

6 – Contratam as pessoas certas, aquelas que têm prazer em atender e servir as pessoas.

7 – Procuram encantar os clientes com um atendimento atencioso e personalizado.

8 – Encaram as comunicações de marketing como coisa séria. Preferem divulgar seu bom atendimento, seus produtos de moda e de marca do que liquidações e promoções.

9 – Chamam mais atenção para a qualidade e variedade de seus produtos e serviços e menos para os preços.

10 – Disponibilizam educação continuada para seus colaboradores.

11 – Mantêm somente gerentes-líderes que são exemplos em dedicação e comprometimento, que agem como donos do negócio e não temem “sombra”, formando novos líderes.

12 – Se integram na sociedade e realizam ações de responsabilidade social.

13 – Mantêm canais abertos para conhecer as expectativas, sugestões e reclamações dos clientes.

14 – Se esmeram no seu “merchandising” dentro das lojas para estimular as vendas.

15 - Reduzem custos em tudo que podem, investindo em logística e na redução de estoques.

Comércio e serviços terão política nacional

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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estuda como estimular esses setores.

Os setores de comércio e Serviços, responsáveis pela colocação de quase 20 milhões de pessoas no mercado de trabalho e por movimentar cerca de R$ 1,5 trilhão no ano passado - mais da metade de todo o produto Interno Bruto (PIB) de 2008, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - só agora passará a ter uma política nacional.

Estão em curso no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as metas para formulação da Política Nacional de Comércio e Serviços, que tem como objetivo promover ações para a geração de mais empregos e renda. Para apresentar essas propostas e discutir com os comerciantes, o secretário de Comércio e Serviços do ministério, Edson Lupatini Junior, participará no dia 5 de novembro de um seminário na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

"Comércio e serviços sempre foram os patinhos feios da economia, pois eram os únicos que não possuíam políticas de incentivo, ao contrário do que acontece com a indústria e a agricultura. Agora, o ministério está propondo diretrizes para que tanto um segmento quanto o outro cresçam conjuntamente, privilegiando o mercado interno, especialmente no período pós-crise", afirma Nelson F. Kheirallah, vice-presidente da ACSP e coordenador-geral do Conselho de Varejo, representante da Associação junto ao grupo que discute a nova política para o setor.

Kheirallah lembra que a economia brasileira foi sustentada ao longo deste ano pelo mercado interno e o varejo está na ponta dessa cadeia. "Daí a necessidade do setor ser privilegiado com políticas de incentivo", afirma.

Para a diretora-executiva do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fabiola Xavier, por meio da política nacional, o setor passará a fazer parte do planejamento das ações do governo federal, da mesma forma que outros segmentos. "O comércio é o segundo setor que mais emprega no País, atrás apenas do público, o que mostra a sua importância econômica", afirma.

Ela lembra que o varejo foi o principal gerador de vagas formais nos últimos 12 meses: 187 mil. "Ter uma política própria vai direcionar todo o setor, tanto do ponto de vista das ações públicas quanto dos próprios empresários", diz Fabiola.

O futuro é agora - Essa visão é compartilhada pelo Ministério do Desenvolvimento, que traçou três macrometas para o setor: geração de emprego, aumento no volume de crédito para as empresas e ampliação do número de empreendimentos até 2012.
No caso do emprego, a expectativa é alcançar 23 milhões de postos, ou um crescimento médio de 4,57% ao ano. Em 2007, os dois juntos empregavam 18,7 milhões de pessoas.

Quanto ao crédito para financiamento, a meta é alcançar R$ 6,5 bilhões em liberação, um crescimento médio de 20,24% ao ano até 2012. Em 2008, de acordo com dados do Banco Central, foram liberados R$ 3,6 bilhões. E espera-se um aumento de 5,67% ao ano no número de empresas ativas nos próximos três anos, saltando das 2,46 milhões existentes em 2006 (conforme o Ministério do Trabalho) para 3,171 milhões em 2012.

Consumo popular ultrapassa classes A e B

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Se o ano de 2009 passou longe de ser a catástrofe esperada por muitos, o resultado se deve em grande parte aos mais de 53 milhões de brasileiros que vivem com uma renda mensal de R$ 485, em média. Entre os meses de setembro de 2008 e de 2009, a população das classes D e E das regiões Norte e Nordeste consumiu R$ 8 bilhões em alimentos, produtos de higiene e limpeza. De acordo com a pesquisa feita pela Latin Panel, pela primeira vez o consumo do grupo foi maior que o das classes A e B das regiões Sul e Sudeste.

Mas o apetite dos menos favorecidos pelo consumo não está sendo saciado apenas com os artigos de primeira necessidade. A facilidade de acesso ao crédito e o mercado de trabalho estável estão animando mesmo aqueles com salários mais baixos a investir em móveis, eletrodomésticos e artigos da chamada linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar.

Venceram na vida - “Quem sabe agora em 2010, a gente não consegue comprar uma tevê de plasma”, calcula, em tom de brincadeira, a manicure Ubiranira Reis Santos, a Bia. Ela e o marido Cosme acreditam que venceram na vida. “A gente não tinha nada”, é a lembrança de 24 anos atrás, quando deixou Valença com apenas 17 anos para viver com Cosme, com 39 anos na época.

Hoje, a casa deles no Curuzu é um belo retrato do que muito trabalho em busca de dignidade e condições socioeconômicas favoráveis pode fazer. Este ano, já trocaram o fogão – aproveitando o IPI da linha branca –, compraram um armário para a cozinha e agora em dezembro vão trocar a estante da sala.

Casaram-se no papel em setembro e, para comemorar, a casa passou por mais uma reforma, que, de acordo com as pretensões de Bia, não deve ser a última. “Ainda quero uma mesa, arrumar a cozinha e botar piso em dois quartos”, enumera, deixando o marido assustado. “Ele só quer comprar à vista, mas sei que, se a gente deixar, não compra nunca”, explica.

“De uns dez anos para cá, nós conseguimos comprar as coisas com mais facilidade”, conta Cosme, que, mesmo aposentado, não para. Compra panelas em Feira de Santana para revender de porta em porta. O currículo inclui ainda qualquer trabalho que apareça, como ajudar Cira do Acarajé e até a organização de shows de forró. Bia, além fazer o serviço de manicure, vende pizzas.

O poder da renda - “Na hora em que o Brasil aceitar distribuir melhor a renda, este País não vai parar de crescer”, avalia o professor de economia da Ufba Osmar Sepúlveda. Ele explica que o consumo é a principal variável para promover o bem-estar social e o crescimento econômico. A distribuição se dá hoje pelo aumento real do salário mínimo, dos programas sociais, como o Bolsa Família e a baixa inflação.

Uma mostra da importância do consumo das famílias está no resultado do PIB no último trimestre. O indicador da expansão econômica aponta que o consumo no Brasil cresce há 24 meses seguidos. E o bom resultado se manteve mesmo na crise, com uma ampliação de 3,9% nos últimos 12 meses, conforme o IBGE. “O consumo das classes C, D e E evitou que este País entrasse na crise, e tudo o que estamos vendo ainda é pouco diante do que pode acontecer”, aponta Sepúlveda. Para o economista, se as medidas corretas para acelerar este processo forem tomadas, o Brasil poderá ser muito parecido com o Japão dentro de 10 anos”.