Autoridades debatem revisão de limites entre Itabuna e Ilhéus

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Durante audiência pública em Itabuna, que marcou a presença do deputado estadual João Bonfim (PDT) e outros membros da Comissão Especial de Assuntos Territoriais e Emancipação da Assembleia Legislativa da Bahia, o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, pregou pelo bom senso e o entendimento entre itabunenses e ilheenses para realizar a revisão de limites entre as duas cidades.

Com o objetivo de verificar in loco os pontos de divergência que separam as cidades de Itabuna e Ilhéus, localizados entre os supermercados Makro e Atacadão, o deputado João Bonfim ouviu e analisou as proposições expostas pelos prefeitos, secretários e deputados representantes de Itabuna e Ilhéus, com base na lei 12.057, de 11 de janeiro de 2011, proposta pelo presidente da comissão, que versa sobre a redefinição dos limites dos municípios do Estado da Bahia. Também acompanhou os trabalhos da Comissão o representante da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Antônio Cunha.

Atualizações de divisas

“A lei nº 628/1953, que definiu os limites do Estado da Bahia, é quem valida os limites dos municípios de Itabuna e Ilhéus. Essa lei prevê uma revisão ites a cada cinco anos, porém, nesses 58 anos, nenhuma revisão foi feita. Por conta disso, essa lei [12.057, de 11 de janeiro de 2011] visa, exatamente, a corrigir as divergências que existem, dando uma visão diferente na questão da disputa de território”, destaca o deputado. E acrescenta: “Muitas das dúvidas são em função da imprecisão das leis, que foram elaboradas há muitos anos, onde os pontos são imprecisos ou não existem mais”.

O prefeito de Itabuna ressaltou a importância do papel da Assembleia Legislativa em solucionar os problemas que envolvem a população. De acordo com ele, o interesse maior na revisão dos limites territoriais recai sobre a comunidade. “O interesse maior, que não é do prefeito nem dos vereadores e de deputados, mas da população. Por isso, eu louvo essa lei, que o deputado vem conduzindo na Assembleia. Não vejo dificuldade da solução dos problemas entre Itabuna e Ilhéus, porque, até o momento, eu vejo a boa vontade de ambas as partes”, declarou Azevedo.

Proposições

Além do prefeito de Itabuna, os secretários da Administração, Maurício Athayde; e da Indústria, Comércio e Turismo, Carlos Leahy, destacaram algumas dificuldades afetadas pela divisão territorial, como os problemas enfrentados por funcionários e consumidores na prestação de transporte público urbano até os empreendimentos – Makro e Atacadão. Além disso, foram destacados os serviços de limpeza pública, saneamento básico e assistência em geral, que são prestados aos empreendimentos e à população residente além dos limites territoriais traçados.

“Os dois empreendimentos são atendidos com água fornecida [eventualmente] pela Emasa, a coleta de resíduos é terceirizada por empresas aqui, segurança, se ligar para o 190, cai no 15º Batalhão, 192 é o Samu de Itabuna. Além do problema maior, que é o acesso da população, as praças de táxis, os ônibus, pois tem outra divisa, que é do Derba e que prejudica muito. Todos esses problemas nós fizeram sair em busca da marcação oficial”, revelou Maurício Athayde.

O prefeito de Ilhéus, Newton Lima, acompanhado do chefe de Gabinete, José Nazal, do secretário de Planejamento, Alisson Mendonça, e dos deputados estaduais Ângela Sousa (PSC) e Pedro Tavares (PMDB), fizeram algumas explanações em torno das conjecturas apresentadas pelos representantes de Itabuna, com a finalidade de reafirmar o compromisso de Ilhéus com o pertencimento, de que, segundo o prefeito ilheense, a lei favorece e estão fixados na história os limites entre Ilhéus e Itabuna.

Newton Lima ressaltou que o debate em torno do assunto está se dando de forma civilizada e que Ilhéus e Itabuna são duas cidades que possuem pontos em comum. “Não podemos falar em desenvolvimento excluindo uma cidade da outra, pois muito da economia de uma complementa a outra. Vamos concordar no que nos une e debater até o consenso no que nos separa”, opinou.

Amurc

Em paralelo às discussões, o diretor executivo da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste do Bahia (Amurc), Luciano Robson, revelou que praticamente todas as cidades baianas encontram-se na mesma situação de revisão dos limites territoriais. Pensando nisso, o órgão tem se colocado à disposição das prefeituras e seus representantes na condição da neutralidade, ou seja, no sentido de disponibilizar a sua infraestrutura para o fomento das discussões.

“O presidente [da Amurc], Cláudio Dourado, tem se preocupado em verificar a possibilidade um plano de ação que vai destacar toda essa operação de delimitação técnica, que vai ser passada para a Assembleia Legislativa para que haja uma discussão sócio-econômica e política sobre a delimitação das áreas dos municípios. Então, a preocupação nossa é estar acompanhando isso para que o tom seja de forma assertiva e positiva, e não tornar um debate negativo”, concluiu Luciano.

Visita

Após a reunião realizada em um espaço público de Itabuna, as lideranças políticas realizaram uma visita ao bairro Nova Califórnia, local onde está fincado um dos marcos territoriais. O deputado estadual João Bonfim tomou conhecimento da divisa naquela localidade e sugeriu, juntamente com o prefeito de Itabuna, uma visita dos técnicos dos dois municípios para efetuar uma nova demarcação territorial, com o objetivo de eliminar as divergências.

Uma próxima reunião será agendada para os próximos dias, envolvendo os dois municípios, além da Comissão Especial e os técnicos da SEI.

Fonte: Viviane Cabral/ASCOM PMI

ICMS de Itabuna ultrapassa R$ 10 milhões

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Em 3 meses e supera o volume de recursos repassados no mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Itabuna mantém-se entre os oito municípios que mais arrecadam com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e com Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Mas a cidade segue abandonada, como observam os moradores do Novo Jaçanã, Monte Cristo, Daniel Gomes, São Judas, São Lourenço, Urbis IV, Jorge Amado, Novo Horizonte, Castália, Loteamento São João e Santa Inês.

“Pelo menos, nesse aspecto o prefeito tem sido democrático”, ironiza Rafael de Souza Oliveira, do São Lourenço. Para os moradores, dinheiro não falta para investir na melhoria da cidade. Eles acham que estão faltando projetos e as poucas obras realizadas são tocadas pelo governo federal.

“Construção de casas populares e a cobertura do canal da Amélia Amado, por exemplo, são obras do governo federal. Qual o investimento que o prefeito está fazendo com recursos próprios?”, questiona José Ailton Salles, do Castália.

Se praticamente inexistem obras, não falta dinheiro, como revelam os dados oficiais. Desde o ano passado o município tem arrecadado mais. Em 2010 o repasse de ICMS cresceu quase 20% em relação ao ano anterior e em 2011 segue aumentando, de R$ 9.753.284 para R$ 10.920.365.

Somente no mês passado, Itabuna recebeu R$ 4.109.000 de ICMS e a previsão é que o montante mensal cresça ainda mais nos próximos meses. Houve aumento também de quase 8% no valor do IPVA. Somente com os dois impostos, o município já faturou mais de R$ 12 milhões neste ano.

Ilhéus

Quase todos os municípios do sul da Bahia estão arrecadando um pouco mais com o ICMS e o IPVA. Em Ilhéus, o primeiro imposto rendeu aos cofres da prefeitura R$ 7.514.320,23 nos três primeiros meses deste ano. Em 2010 o município recebeu R$ 7.476.851,05.

Com o IPVA, a Prefeitura de Ilhéus faturou R$ 623.953,71 entre janeiro e março deste ano, contra R$ 532.146,49 em 2010. “Dinheiro sabemos que tem para realizar obras, mas as poucas que estão sendo executadas são com dinheiro do governo federal”, critica a dona-de-casa Maria Magnólia dos Santos.

Ela reclama que o Teotônio Vilela está praticamente abandonado. “Esse bairro nunca foi bem assistindo pelos prefeitos. Sai um, entra outro, e nós continuamos esquecidos. Só somos lembrados em período de campanha política, quando muita gente aparece dizendo que vai fazer e acontecer

Itabuna tem a 8ª maior arrecadação de ICMS

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na Bahia, conforme dados atualizados da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). O levantamento feito nesta semana por A Região mostra que Itabuna só não recebe mais dinheiro que Salvador, Camaçari, São Francisco do Conde, Feira de Santana, Simões Filho e Madre de Deus. itabuna

O município arrecada mais que Vitória da Conquista, Juazeiro e Paulo Afonso e Barreiras.
Nas regiões sul, extremo sul e sudoeste do estado, a Prefeitura de Itabuna é que mais fatura com repasses mensais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), deixando para trás Vitória da Conquista.

Conquista é um município mais populoso (segundo o Censo de 2010 são 306.374 habitantes) e o que mais tem se desenvolvido economicamente nos últimos anos. Em janeiro, por exemplo, o ICMS de Itabuna foi de R$ 3.527.769,43, contra R$ 3.432.783.25 do município do sudoeste baiano.

No ano passado, entraram nos cofres da Prefeitura de Itabuna R$ 40.897.810,33, enquanto que para Conquista foram repassados R$ 38.120.848,01, ou seja, o primeiro município recebeu cerca de R$ 2,8 milhões a mais.

Faltam investimentos

Com 204.710 moradores, Itabuna é disparado o município que mais arrecada ICMS no sul da Bahia, seguido de Ilhéus, que em janeiro recebeu R$ 2.500.670,77. No ano passado, Ilhéus recebeu R$ 31.169.030,90, um valor em torno de R$ 9 milhões menor que a cidade vizinha.

Para muitos moradores de Itabuna, essa dinheirama a mais não tem feito nenhuma diferença. “Você deve estar brincando. Só vejo prefeito na imprensa chorando miséria o tempo todo. Reclamando que a arrecadação caiu e que dinheiro foi bloqueado pelo INSS”, diz o estudante Genivaldo Barbosa.

“Nossa, é verdade mesmo”, acrescentou, quando lhe foi apresentado o extrato da Sefaz com os valores repassados ao município.

Ao ver o documento que mostra o aumento na arrecadação de Itabuna com o ICMS, a comerciária Jamille Seixas dos Santos correu para fazer as contas e pensar em projetos. “Ele poderia investir na pavimentação de três bairros por ano. No final do governo, 12 bairros estariam melhor”.

A comerciária destaca que isso somente com o ICMS, “fora o dinheiro do nosso IPVA e IPI, que deve render uma boa grana por ano”. E rende mesmo. A Prefeitura de Itabuna recebeu quase R$ 7 milhões com os dois impostos.
De acordo com dados da Sefaz, o IPVA rendeu R$ 6.362.730,80 e o Imposto Sobre Produtos Industrializados outros R$ 563.737,59.

Crescendo

No geral, segundo a Secretaria Estadual da Fazenda, os repasses para os 417 municípios baianos cresceram 19,4% em 2010, em relação a 2009. No total do ano, o valor foi de R$ 3,22 bilhões, contra R$ 2,69 bilhões do exercício anterior.

Desde 2007, os repasses do Estado aos municípios vêm crescendo, com exceção de 2009, em comparação a 2008, período no qual os efeitos da crise econômica foram mais significativos, apresentando redução de 1,85%.
Nos outros anos, a variação positiva foi de 5,24% (2007/2006) e de 14,25% (2008/2007). Em 2010, do total de R$ 3,22 bilhões, o ICMS participou com R$ 2,86 bilhões, o IPVA com R$ 285,1 milhões, e o IPI com R$ 47,1 milhões. A foto é de Vinicius Borges.

Itabuna encaminha reivindicações ao deputado federal Luís Argôlo

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O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, defendeu, durante encontro com empresários e lideranças do Grupo de Ação Comunitária a necessidade de agregar forças suprapartidárias para o bem estar da população do município que está acima de tudo. Na oportunidade, as lideranças do GAC entregaram ao deputado federal Luís Argôlo um documento, de oito pontos, reivindicando obras e ações do governo do estado e da união em Itabuna.

Na agenda das reivindicações a retomada da gestão plena da saúde pelo município, a continuidade das obras no Centro de Convenções e Teatro Municipal de Itabuna, revitalização do rio Cachoeira, implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia, duplicação da rodovia BR-415 nos trechos Itabuna –Ilhéus e Itabuna-Ferradas e a continuidade do projeto do shopping a céu aberto da rua Paulino Vieira.

Lembrando que Itabuna foi um centro de produção de cacau e hoje ainda se ressente da crise provocada pela vassoura-de-bruxa, doença que dizimou as plantações e deixou milhares de desempregados, deixando no entorno da cidade um cinturão de pobreza, o prefeito Azevedo destacou ainda que a água é vital para a população e para o desenvolvimento de Itabuna.

Para ele o projeto que amplia a distribuição de 600 para 900 litros por segundo se complementa com o decreto de desapropriação de terras para a barragem do Colônia, resultado de uma parceria importante e que deu resultados com o deputado Luis Argôlo, “que nos apóia desde a epidemia de dengue em 2009, que afetou 14 mil pessoas e deixou um saldo de nove mortos, quando colocou o seu gabinete na Assembléia Legislativa à disposição de Itabuna e da sua população”.

O deputado alocou, ao longo dos dois últimos anos, segundo Azevedo, mais de R$ 60 milhões para obras e projetos no município, “o fato é que nós precisamos de aliados e do apoio de políticos atuantes como ele, para superar as dificuldades burocráticas”.

Ele observou que Itabuna como pólo regional enfrenta problemas e os desafios das cidades de médio porte e hoje, com uma população acima de 200 mil habitantes, tem 350 mil pessoas cadastradas com cartões do SUS, o que representa um ônus para o município e seus habitantes.