Demanda favorece investimento em materiais de construção

Postado em Administração

demanda-favorece-investimento-em-materiais-de-construção

SÃO PAULO (Reuters) - A desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os materiais de construção e as obras do programa "Minha Casa, Minha Vida" devem contribuir para o avanço das vendas desses insumos em 2010.

De acordo com sondagem divulgada nesta sexta-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), 67 por cento das empresas consultadas em fevereiro pretendem realizar investimentos nos próximos 12 meses, impulsionadas pelo aquecimento da demanda. Em janeiro, o número era de 59 por cento e em igual período de 2009, de 34 por cento.

"O início efetivo das obras do programa 'Minha Casa, Minha Vida' é um dos fatores determinantes para esse otimismo", afirmou o presidente da Abramat, Melvyn Fox, em comunicado. "Com o nível de capacidade instalada ociosa em 16 por cento, aliado à alta intenção de investimentos, o setor não deve ter problemas em atender a demanda aquecida."

Em janeiro, as vendas de materiais de construção no Brasil tiveram alta de 2,61 por cento na comparação com o mês anterior e avançaram 13,84 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Abramat, o resultado do primeiro mês do ano está alinhado com as expectativas para o aumento do faturamento do setor em 2010, que deve ser de 15 por cento sobre o ano passado.

No acumulado dos últimos 12 meses, contudo, o varejo de material de construção apresenta queda de 10,3 por cento.

Se considerados os materiais básicos, em janeiro as vendas aumentaram 12,89 por cento ante o mesmo mês em 2009 e subiram 2,98 sobre dezembro. Nos últimos 12 meses, a queda acumulada é de 13,55 por cento.

Já as vendas de materiais de acabamento cresceram 15,77 por cento na relação anual e tiveram alta de 1,87 por cento ante dezembro. A queda acumulada em 12 meses, nesse caso, é de 3,14 por cento.

No primeiro mês deste ano, o nível de emprego na indústria de materiais também aumentou, com alta de 4,08 por cento sobre janeiro de 2009 e de 0,49 por cento contra dezembro.

(Por Vivian Pereira)

Demanda por crédito tem queda em fevereiro

Postado em Administração

demanda-por-crédito-tem-queda-em-fevereiro

Um levantamento da Serasa Experian, divulgado no início da tarde desta segunda-feira, comprova que a demanda por crédito, entre os consumidores, caiu 7% entre janeiro e fevereiro deste ano, resultado principalmente da desaceleração da economia brasileira e do consumo, de acordo com economistas da companhia.

Na comparação com o segundo mês do ano passado, a demanda por crédito aumentou 18,5% e, segundo a Serasa, isso se dá exclusivamente por conta da base para comparação, visto que fevereiro de 2009 representou, por conta da crise financeira, o segundo pior resultado da série histórica. Pela mesma razão, houve aumento de 16,1% na demanda por crédito no primeiro bimestre, em relação ao mesmo período de 2009.

Apenas no Centro-Oeste, entre janeiro e fevereiro, o indicador apresentou alta, e ainda sim de apenas 0,9%. Nas outras quatro regiões do país, foi registrada queda, maior no Sul (recuo de 9,2%) e menor no Norte (retração de 4,8%). No Nordeste e no Sudeste, o patamar ficou próximo dos 7,5% de queda. Esse número também representa o recuo para quem ganha de R$ 1 mil a R$ 2 mil.

Brasil teve leve queda na carga tributária em 2009

Postado em Administração

brasil-teve-leve-queda-na-carga-tributária-em-2009

Especialistas afirmam que a carga tributária no Brasil só caiu, no ano passado, porque houve diminuição da arrecadação. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga tributária ficou em 35,02% do PIB em 2009, contra 35,16%, no ano anterior, o que representa uma queda de apenas 0,14 ponto percentual, bem abaixo do previsto pelo governo, entre 1 e 1,5%.

Em entrevista a Anchieta Filho, o tributarista Clóvis Panzarini confirmou que a carga tributária em 2010 será mais alta na comparação com a do ano passado, algo que conta com a concordância de Everardo Maciel, ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Falando a Denise Campos de Toledo, o integrante do Linha de Frente da Jovem Pan explicou que a queda não significa, necessariamente, redução da pressão fiscal.

No ano passado, cada brasileiro pagou, em média, R$ 5.700 em impostos, contra R$ 5.572 nos doze meses anteriores. A carga tributária per capita do período cresceu 2,40%, ou seja, cada brasileiro pagou 128 reais a mais de tributos frente a 2008.

Moda deve movimentar R$ 377 milhões no Rio este ano

Postado em Administração

moda-deve-movimentar-r$-377-milhões-no-rio-este-ano

A maior feira de negócios de moda da América Latina, o Fashion Business, deve movimentar cerca de R$ 377 milhões em sua 15ª edição, de 10 a 13 de janeiro, na Marina da Glória. Do montante, R$ 350 milhões referem-se a vendas para lojistas nacionais e US$ 16 milhões (R$ 27,55 milhões), a comerciantes estrangeiros, segundo estimativas da organização do evento. Em quatro dias, 170 grifes de roupas, acessórios e calçados vão expor seus artigos para cerca de 3 mil visitantes, incluindo convidados da Rússia, Estados Unidos, Dubai, França e Espanha.

– Os negócios fechados durante o Fashion Business têm registrado expansão anual entre 10% e 15%. Se esta variação for mantida este ano será um sucesso, já que o mercado de moda não tem crescido muito nos últimos anos – destaca Eloysa Simão, uma das responsáveis pelo evento. O investimento direto para realização do Fashion Business foi de R$ 5 milhões, valor que chega a R$ 8,5 milhões considerando patrocínios e parcerias, segundo Eloysa.

O Brasil produz 9,8 bilhões de peças de vestuário por ano e registrou faturamento de R$ 43 bilhões em 2008, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). O setor conta com 30 mil empresas instaladas, que empregam cerca de 1,65 milhões de trabalhadores.

Eloysa disse que, hoje, o crescimento do mercado de moda deve-se à conquista de mercado nas classes C e D, que têm garantido o aumento das vendas. Contudo, os consumidores das novas tendências de vestuário continuam sendo as classes A e B.

– Temos marcas que participam do evento e atendem à classe C, mas são poucas. Independente disso, está havendo uma democratização do luxo, as lojas entendem isso e já produzem peças semelhantes às voltadas para a população de baixa renda – avalia Eloysa.

A feira oferece palestras e um salão de tecnologia com serviços e informações para gestores de varejo e de atacado. Os 50 expositores do salão Tech devem oferecer serviços e equipamentos que facilitem e modernizem a operação dos lojistas, desde iluminação, segurança e controle de estoque até ações de marketing musical e olfativo.

– A moda tem capacidade de gerar negócios, divisas, e agregar valor. Nesta edição, toda a cadeia produtiva do segmento da moda estará presente para que o lojista possa para ampliar e qualificar suas vendas – destacou o presidente da Fecomércio–Rj, Orlando Diniz.

O evento é organizado pelo Sistema Fecomércio-RJ, Dupla Assessoria e Escala Eventos. Segundo a federação, o comércio é o maior empregador do mercado da moda no Rio, responsável direto por 103 mil trabalhadores. O segmento de serviços responde por mais de 15% das empresas e 12% dos empregos. Só no estado do Rio, o setor concentra cerca de 40 mil empresas e 179 mil empregados formais, podendo chegar a 500 mil postos de trabalho ao considerar os trabalhadores informais, segundo cálculos da federação.