Emprego na indústria fecha 2009 com queda recorde, mostra IBGE
Recuo de 5,3% foi o maior desde o início da pesquisa, em 2002. Em dezembro, indústria voltou a demitir após cinco meses.
De acordo com o IBGE, o resultado de dezembro não altera a trajetória de expansão do emprego, que registrou alta de 1,6% no quarto trimestre frente ao anterior.
Na comparação com dezembro de 2008, no entanto, o emprego na indústria manteve taxa negativa, de 2,7%. De julho a novembro, o emprego na indústria acumulara expansão de 2,8%.
Em 2009, apenas a indústria de papel e gráfica mostrou aumento no número de trabalhadores, de 2,7% na comparação com o ano anterior. Já as maiores quedas vieram de meios de transporte (-9,8%), máquinas e equipamentos (-8,6%), vestuário (-7,9%), produtos de metal(-9,1%) e madeira (-16,8%).
Regionalmente, São Paulo fechou o maior número de vagas, levando o emprego industrial no estado a registrar recuo de 4,0%, seguido por Minas Gerais (-8,5%).
Meses de dezembro
Na comparação entre meses de dezembro, os cortes de vagas mais significativos foram registrados principalmente na região sudeste (-3,1%), especialmente São Paulo (-2,1%) e de Minas Gerais (-6,7%).
No total do país, o número de demissões superou o de admissões em onze dos dezoito setores pesquisados, com meios de transporte (-8,4%) apresentando a queda de maior impacto.
Horas pagas e folha de pagamento
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria registrou queda de 0,1% na passagem de novembro para dezembro, após seis meses consecutivos de alta, acumulando expansão de 3,3% de junho a dezembro. Frente a dezembro de 2008, no entanto, houve queda de 1,8% no número de horas pagas.
Com o resultado de dezembro, o número de horas pagas caiu 5,6% no acumulado de 2009, o maior recuo da série histórica do IBGE.
A folha de pagamento também ficou menor no ano passado, em 2,8%. Em dezembro, a queda foi de 5,0% frente ao mesmo mês de 2008 e de 3,7% ante novembro.