Comércio varejista cresce 7% em 2009 na Bahia
O comércio varejista da Bahia encerrou 2009 acumulando incremento de 7% no volume de vendas. O mês de dezembro impulsionou o resultado, com a taxa de crescimento de maior expressividade do ano, 12,6% em relação ao mesmo mês de 2008. Na comparação com novembro, mês imediatamente anterior ao analisado, a variação foi negativa em -0,1%.
Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
Para o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, a manutenção do nível de renda e a grande geração de emprego em 2009 refletiu diretamente no comércio, especialmente no segundo semestre, quando o consumidor retomou a confiança no desempenho da economia. “Esse crescimento impactou diretamente o resultado do PIB, estimado pela SEI em 1,5%, sendo seu dinamismo atrelado à demanda interna, principalmente ao consumo das famílias e ao gasto do Governo”.
No acumulado do ano, o grupo de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, apesar de não ter mantido em dezembro o mesmo patamar dos meses anteriores, acumulou 30,6% de crescimento. Essa foi a taxa anual mais relevante dentre as oito atividades que compõem o indicador do comércio. Tal desempenho pode ser explicado pela diversidade de artigos encontrados nas lojas que integram o segmento, dentre as quais se destacam as de artigos esportivos, brinquedos, joias, material ótico e fotográfico, além das lojas de departamento e outras.
As vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria, com elevadas taxas de crescimento desde os primeiros meses de 2009, acumularam variação de 15,2% no ano. O ramo de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria expandiu 9,6%.
Destaques
Entre os principais destaques do varejo em 2009, vale citar o grupo de Hipermercado, supermercado, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 8,5%, sendo o que mais contribuiu para impulsionar as vendas do comércio em 2009 por ser o de maior representatividade. O subgrupo de Hipermercados e supermercados cresceu 7,2%.
O segmento de Móveis e eletrodomésticos teve um incremento de 5,6% em 2009. O de Tecidos, vestuários e calçados 2%, e o de Combustíveis e lubrificantes apresentou o menor crescimento, 1,2%, enquanto o ramo de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou queda nas vendas de -18,3%, resultado que pode ser creditado ao fato de esse ramo de atividade enfrentar a concorrência dos Hipermercados e supermercados e das lojas de móveis e eletrodomésticos, que também comercializam tais produtos.
Nos dois segmentos que não contribuem para a formação do indicador, Veículos, motocicletas, partes e peças cresceu 10%, enquanto Material de Construção apresentou retração no ano de -3,3%, sendo importante destacar que a pesquisa só retrata o comportamento das compras no varejo.