Consumo das famílias deve ter forte alta em 2010

Postado em Varejo

consumo-das-famílias-deve-ter-forte-alta-em-2010
O consumo das famílias vai crescer bem acima do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, elevando a fatia de participação na economia brasileira. Essas são as conclusões de estudos inéditos que a CNC (Confederação Nacional do Comércio) vai divulgar na próxima semana. O economista chefe da instituição, Carlos Thadeu de Freitas, adiantou que o levantamento mostrará que as famílias estão otimistas, dispostas a gastar mais, principalmente em bens duráveis.

Segundo ele, o consumo das famílias, que chegou a uma fatia de 64% do PIB em 2000 e regressou a um patamar de 61% em 2008, no qual deve ter permanecido em 2009 - os dados finais sobre o desempenho da economia no ano passado serão apresentados em março -, deverá elevar sua participação na economia para 63% em 2010.

Nas contas de Freitas, o consumo das famílias vai crescer 8% em 2010, acima da variação prevista para o PIB no ano, entre 5% e 6%. "Estamos entrando agora num novo ciclo favorável de expansão do consumo, como o que ocorreu depois do início do Plano Real, mas agora a expectativa é de que esse ciclo seja mais longo", disse.

O pequeno varejista x as grandes redes

Postado em Varejo

o-pequeno-varejista-x-as-grandes-redes
Eu acabei de sair de uma entrevista para uma revista especializada em varejo. Você pode não saber, mas eu sou considerado um SME. Claro que na minha cabeça eu sempre fui um, mas às vezes as coisas mudam. SME é um acrônimo para Subject Matter Expert (Perito no Assunto). Este sou eu, o SME.

Muitas vezes por mês o telefone toca e eu recebo ligações de uma série de publicações querendo saber minha opinião sobre questões um tanto cansativas e redundantes sobre como salvar o mundo do varejo. É tão fácil!! Primeiramente, a pessoa que liga é um redator contratado. Na maioria dos casos, eles são valorizados mais por sua sintaxe correta do que pelo conhecimento sobre o varejo, em geral restrito às suas próprias experiências como consumidores.

Por causa disso, a maioria das perguntas são ingênuas. Existe uma lista das “10 Mais”, mas eu não irei entediar vocês com as questões de “2 a 10”. Eu irei direto a de número 1 e deixarei vocês imaginarem o resto.

Como um pequeno varejista independente pode competir com os “Grandes”? É essa a pergunta. Dependendo de como eu me sinto no momento, minhas respostas podem variar. Às vezes eu entro no modo “Eles podem oferecer um serviço melhor”, que tende a sensibilizá-los. Às vezes eu falo sobre as necessidades dos clientes por serviços adicionais, os quais os “Grandes” não vão oferecer. Blá, Blá, Blá. Mas vocês, meus caros leitores, merecem a verdade. Então aqui segue como eu realmente quero responder a essa questão.

1. Informe-se sobre sua localização e seus concorrentes. Se você está numa cidade com outras 400 lojas vendendo o que você tem, você tem um problema. Sempre vão existir aqueles que estão dispostos a não ter lucro no varejo vendendo marcas populares. Mas se você está no interior e ninguém ao redor vende o que você tem, Bingo! Nós somos clientes também. Por que eu iria pagar mais, por algo que posso pagar menos? O preço não é o problema, vender a mesma coisa por um preço maior, sim.

2. Meu irmão Howard mora em Hong Kong e fabrica artigos para distribuir a lojas de varejo nos EUA. Por mais de trinta anos ele trabalhou para os varejistas, buscando as melhores fábricas na China e no resto da Ásia. Os preços das mercadorias que ele vende são tão baixos, que eu sempre me surpreendo. Tudo o que você tem que fazer é comprar uns dois contêineres do mesmo item, emitir uma carta de crédito e esperar que o navio não afunde no caminho. Por que vender o que os “Grandes” vendem? De qualquer forma, a maioria das pessoas nem sabe o que é uma carta de crédito.

3. O design da loja e a exposição dos produtos é um outro problema comum. Normalmente o “Pequeno” ou o independente não se esforça muito em fazer algo especial ou que chame a atenção. Um típico pequeno varejista é, devo dizer, típico. Ou chato, melhor dizendo. Meus amigos, para ter sucesso, é preciso mais do que gostar de sapatos e, então, alugar um espaço no shopping.

4. Gestão de estoque. Não existe nada tão peculiar quanto não ter o que o cliente quer, quando ele quer. Wal-Mart. Seu departamento de TI é quase tão poderoso quanto o do Pentágono. Eles não só sabem o que, mas quando você quer algo e eles não têm tanto estoque disponível. Gestão por categoria, open to buy, giro de estoque, venda por metro quadrado por categoria... Estes são alguns dos meus temas favoritos... E você?

5. Marketing/Publicidade. Façam suas apostas. Melhor se concentrar na propaganda boca a boca e nos clientes repetidos.

6. Serviço. Uma grande oportunidade para você. Os “Grandes” são previsíveis. Falta de pessoas qualificadas, mal remuneradas e mal informadas. Veja o número 1! Mesmo que tenha ótimas pessoas, os seus clientes não vão querer pagar mais caro.

7. Internet. Ai, ai!! Aí temos um canal que pode tirar alguém do mercado rapidamente. Você gostaria de ter uma agência de viagens, que tal uma loja de revelação de filmes? A coisa engraçada sobre a Internet é que você pesquisa na rede, vai à loja para ver e tocar o produto, somente para voltar para casa depois e comprar mais barato em algum varejista.

8. Independentes não são ágeis. Mudanças rápidas, novidade o tempo todo, fora da curva, liderar não seguir, Blá Blá Blá.

9. Agora você entende por que eu sou um ex-proprietário de loja.

10. Obrigado por ler a minha coluna.

Não fujam da escola!! Entretanto, se você escolher ser um varejista, há uma luz no fim do túnel. Os “Grandes” constantemente perdem o jeito. Você pode crescer tanto que, a dependência de funcionários qualificados para tocar o negócio deixará você maluco. Sharper Image, CompUSA, Mesbla, Pakalolo, Company etc. Passado!!

Eu sou um consultor de varejo bem-sucedido. Eu conheço meu lugar. Mas não consigo deixar de observar os varejistas independentes. Estão piorando, não melhorando. Então, anotem, sempre existe lugar para aqueles que fazem a coisa certa, qualquer que seja o seu tamanho.

Consumo popular ultrapassa classes A e B

Postado em Varejo

consumo-popular-ultrapassa-classes-a-e-b
Se o ano de 2009 passou longe de ser a catástrofe esperada por muitos, o resultado se deve em grande parte aos mais de 53 milhões de brasileiros que vivem com uma renda mensal de R$ 485, em média. Entre os meses de setembro de 2008 e de 2009, a população das classes D e E das regiões Norte e Nordeste consumiu R$ 8 bilhões em alimentos, produtos de higiene e limpeza. De acordo com a pesquisa feita pela Latin Panel, pela primeira vez o consumo do grupo foi maior que o das classes A e B das regiões Sul e Sudeste.

Mas o apetite dos menos favorecidos pelo consumo não está sendo saciado apenas com os artigos de primeira necessidade. A facilidade de acesso ao crédito e o mercado de trabalho estável estão animando mesmo aqueles com salários mais baixos a investir em móveis, eletrodomésticos e artigos da chamada linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar.

Venceram na vida - “Quem sabe agora em 2010, a gente não consegue comprar uma tevê de plasma”, calcula, em tom de brincadeira, a manicure Ubiranira Reis Santos, a Bia. Ela e o marido Cosme acreditam que venceram na vida. “A gente não tinha nada”, é a lembrança de 24 anos atrás, quando deixou Valença com apenas 17 anos para viver com Cosme, com 39 anos na época.

Hoje, a casa deles no Curuzu é um belo retrato do que muito trabalho em busca de dignidade e condições socioeconômicas favoráveis pode fazer. Este ano, já trocaram o fogão – aproveitando o IPI da linha branca –, compraram um armário para a cozinha e agora em dezembro vão trocar a estante da sala.

Casaram-se no papel em setembro e, para comemorar, a casa passou por mais uma reforma, que, de acordo com as pretensões de Bia, não deve ser a última. “Ainda quero uma mesa, arrumar a cozinha e botar piso em dois quartos”, enumera, deixando o marido assustado. “Ele só quer comprar à vista, mas sei que, se a gente deixar, não compra nunca”, explica.

“De uns dez anos para cá, nós conseguimos comprar as coisas com mais facilidade”, conta Cosme, que, mesmo aposentado, não para. Compra panelas em Feira de Santana para revender de porta em porta. O currículo inclui ainda qualquer trabalho que apareça, como ajudar Cira do Acarajé e até a organização de shows de forró. Bia, além fazer o serviço de manicure, vende pizzas.

O poder da renda - “Na hora em que o Brasil aceitar distribuir melhor a renda, este País não vai parar de crescer”, avalia o professor de economia da Ufba Osmar Sepúlveda. Ele explica que o consumo é a principal variável para promover o bem-estar social e o crescimento econômico. A distribuição se dá hoje pelo aumento real do salário mínimo, dos programas sociais, como o Bolsa Família e a baixa inflação.

Uma mostra da importância do consumo das famílias está no resultado do PIB no último trimestre. O indicador da expansão econômica aponta que o consumo no Brasil cresce há 24 meses seguidos. E o bom resultado se manteve mesmo na crise, com uma ampliação de 3,9% nos últimos 12 meses, conforme o IBGE. “O consumo das classes C, D e E evitou que este País entrasse na crise, e tudo o que estamos vendo ainda é pouco diante do que pode acontecer”, aponta Sepúlveda. Para o economista, se as medidas corretas para acelerar este processo forem tomadas, o Brasil poderá ser muito parecido com o Japão dentro de 10 anos”.

Tendências no Varejo

Postado em Varejo

tendências-no-varejo
A tecnologia vem mudando e vai mudar ainda mais o comportamento do varejo.

Os clientes frequentemente estão mais bem informados que os vendedores.

A grande quantidade de informações disponíveis on-line, distante apenas de um click de mouse, vem modificando a maneira de se adquirir produtos e serviços.

Segundo os modernos gurus do marketing, existem seis marcantes tendências no varejo:

1) Conveniência

2) Customização

3) Indulgência

4) Inovação

5) Varejo Sensorial

6) Foco Obsessivo nos Clientes

Conveniência

A regra agora é pensar na conveniência dos clientes, não da empresa.

Clientes com pouco tempo buscam facilidades, por isso, comprar em sua loja deve ser algo: fácil, rápido, simples, prazeroso, interativo e personalizado.

As vendas via internet são mais uma conveniência. Não seja o último a disponibilizar esse canal de acesso. Mais do que um canal de vendas, um site é uma excelente ferramenta para divulgação e demonstração de produtos, além de facilitar relacionamentos.

Customização

Com a massificação da produção e distribuição em alta escala, as pessoas querem se sentir diferentes e únicas.

Indulgência

Na corrida para ter mais, as pessoas com frequência trabalham e estudam até a exaustão, se privando muitas vezes do lazer e do convívio familiar. Neste contexto, estão dispostas a pagar mais por produtos e serviços que ofereçam algum tipo de recompensa emocional, que sem dúvida é uma alavanca para o crescimento do mercado de luxo.

Inovação

As pessoas estão atrás de novidades e consomem constantemente itens que já possuem.

A realidade de hoje é mudanças, mudanças e mudanças. As empresas precisam aprender a conviver com elas e também a se reinventar e a se recriar, se não perderão espaço para os mais adaptáveis.

Varejo Sensorial

A experiência de compra tem que ser marcante.

A preocupação agora é entender as necessidades e anseios dos clientes, antes e melhor do que os concorrentes, para proporcionar-lhes uma melhor experiência de compra antes que a concorrência o faça.

Diante do fato de que o varejo está se tornando cada vez mais sensorial, como aumentar as vendas, a produtividade e a lucratividade?

Os produtos devem ser expostos ao alcance dos clientes, dentro de condições que eles possam manuseá-los, buscando-se envolver todos os sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar no processo de compra.

Foco Obsessivo nos Clientes

A alta gerência deve orientar a equipe a colocar-se a serviço dos consumidores.

Os consumidores, na maioria das vezes, sabem o que precisam, mas diante de tantas opções não sabem o que melhor satisfaz as suas necessidades e, para isso, precisam da ajuda de competentes consultores.

E você, caro empresário, diante destas novas tendências, já despertou para a necessidade das mudanças?